O Projeto Borboleta recebeu, nesta semana, a visita da Artista Plástica Célia Regina dos Santos, autora da exposição "Inquebráveis". A convidada ministrou uma oficina com as mulheres acolhidas no Projeto, onde ensinou sobre a técnica que ela utiliza com peças de porcelana.

Célia ressaltou a importância da arteterapia na recuperação de traumas. E as técnicas em porcelana, por exigirem concentração e calma, tornam-se uma atividade meditativa e terapêutica. "Foi um prazer acompanhar essas mulheres. São todas muito fortes e é notável a diferença que o projeto faz na vida delas", concluiu a Artista.

A Juíza Madgéli Frantz Machado, coordenadora do Projeto, considera que o Borboleta acontece justamente com a participação de colaboradores da comunidade, como a Artista Plástica Célia que, "com sua arte e sensibilidade, veio apoiar e qualificar as ações desenvolvidas em favor das mulheres em situação de violência doméstica".

Para a Coordenadora do Projeto Borboleta, Psicóloga Judiciária Ivete Machado Vargas, o contato com a arte e a cultura é um diferencial para as mulheres em situação de violência, pois o isolamento geralmente característico dessas situações as tira desses locais. "É no contato com a artista e com a cultura que as mulheres descobrem novas possibilidades de reconstrução de si".

A Psicóloga Aline Vettorazzi Del Fabbro, que também integra o Projeto Borboleta, destacou que a atividade artística proporcionou a mobilização de sentimentos e a ressignificação de vivências negativas às mulheres, considerando como ponto alto da oficina "a mensagem de que todas podemos nos reconstruir perante as vicissitudes da vida e encontrar novas formas de ser e de se fortalecer no conjunto do grupo".

Na oportunidade, 15 mulheres participaram da oficina, além da vivência e da obra construída por elas, retrataram a experiência como única e especial: "pela primeira vez, minha filha aceitou ir comigo à reunião do grupo. Pintamos, quebramos e colamos juntas um mesmo prato. Espero que ela se lembre sempre disso e das palavras da Célia no encerramento da atividade. Foram horas felizes e cheias de significado", afirmou uma das participantes.

Projeto Borboleta

O Projeto Borboleta atende, desde 2011, mulheres em situação de violência, no âmbito do 1º e 2º Juizados de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Porto Alegre. Entre as ações, estão os grupos reflexivos de gênero e grupos de acolhimento, voltados para homens e mulheres em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Para saber mais sobre o Projeto Borboleta e outras iniciativas do Judiciário clique no link abaixo: Coordenadoria da Violência Doméstica