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O secretário adjunto da Saúde, Paulo Puccini, responde 11 perguntas sobre a dengue

05/02/2015

Dados provisórios apontam que o município registrou, até 3ª semana epidemiológica, 1.304 notificações da doença

De Secretaria Executiva de Comunicação

1. Fala-se que pode atingir 90 mil casos esse ano. Qual é a relação das pessoas estarem armazenando água com a dengue?

Primeiro, esses 90 mil casos são uma estimativa ainda estatística de projeções. Nós esperamos que seja menor que isso, mas é uma possibilidade. Esta possibilidade é agravada com duas situações particulares. Primeiro a alta temperatura. Certamente nós nunca vivemos uma situação de tão alta temperatura. A nossa cidade virou um berçário de mosquito. E a segunda é a falta d'água, que gerou um comportamento esperado da população que é armazenar água em recipientes em casa. Não há problemas da população fazer isso. Mas tem que cobrir esse reservatório. Tem colocar uma tela, que já é suficiente ou cobrir com uma tampa. Uma hipótese é que isso de fato contribua para intensificar a possibilidade da manifestação do mosquito. Para isso, mais um alerta. Guardem água, se defendam da falta de água, mas tomem o devido cuidado para que essa água não se volte contra a própria saúde da pessoa.

2. Há uma preocupação em algum bairro específico?

O detalhamento de bairro a bairro nós vamos divulgar por subprefeitura. Não está fechado ainda porque estamos no começo do levantamento estatístico. Mas já deu para perceber que a zona norte está mais exposta na incidência da dengue.

3. O fumacê pode ser intensificado?

A nebulização é importante para combater a forma alada presente em uma região com alta taxa de transmissão. Por que a nebulização não tem grande efetividade? Porque ela não afeta a forma larvária. Nós podemos fazer a nebulização, mas temos que atuar no criadouro. O criadouro é decisivo. A nebulização só se coloca quando a gente percebe um alto grau de transmissão naquele momento. Vamos lá e matamos naquele momento a forma alada. Agora isto como método, apostar mais nisto, primeiro que desresponsabiliza nós todos de enfrentar o criadouro onde está o problema central. Segundo dá uma falsa impressão de controle da doença quando estamos controlando um momento da doença.

4. Pode haver criadouros onde o pessoal está armazenando água e que ela pode colocar uma tela ou tampar. Há alguma outra coisa que a população pode fazer?

Nós estamos intensificando a nossa ação de controle da água do município de São Paulo, fazendo alguns testes e exames a respeito da água fornecida. Segunda, há muitas pessoas ativando poços de água e às vezes poços irregulares. E às vezes fazem um armazenamento da água indevido. A cloração desta água é importante para a potabilidade dela. Isso é uma coisa necessária. Agora o cloro, na concentração que possa ser usado como água de consumo, para beber, ele não mata a larva. Então a cloração não resolve o problema da água armazenada. Tem que tampar e evitar que o mosquito deposite seus ovos nessa água. O decisivo para a dengue é fechar esses recipientes. Agora se a água for usada para consumo tem outras doenças que uma água não potável transmite. Uma série de diarréias, uma série de doenças gastrointestinais e a própria hepatite. Agora é preciso tomar um certo cuidado com a água também com outras doenças.

5. A Prefeitura publicou no ano passado uma portaria que determinava que os hospitais particulares tinham um prazo de 24 horas para notificar a Prefeitura dos casos. Eu queria saber se o tempo curto dessas notificações pode ter aumentado a percepção do número de casos.

A percepção é que sim. Qualquer coisa que a gente subnotifica por um erro técnico ou burocrático e passa a notificar a incidência. Essa portaria foi muito importante porque o nosso centro de vigilância tem um poder de fiscalização em algumas ações Essa determinação da notificação em 24 horas é exatamente para não ocorrer a subnotificação. Então ela pode ter causado um aumento numérico no número de casos de dengue nos distritos em que isso pode estar acontecendo.

6. Como é que a população deve lidar com o atual cenário?

Então, essa é uma das orientações que a gente vai estabelecer em conjunto com os prontos-socorros do município de São Paulo. A hora que o paciente chega, ele já apresenta alguns sintomas e sinais, que podem ser rapidamente identificados numa primeira consulta, durante a classificação de risco que a gente fala. Todas as unidades têm alguém fazendo classificação de risco daquele paciente que está chegando. Até para definir prioridades e urgência na assistência e etc. Os sinais da dengue passam a compor a classificação, para que o paciente possa ser rapidamente atendido. Essa é uma das orientações que organiza e estrutura nosso processo assistencial. Nós estamos, também, preparados para algumas ações emergenciais, montando unidades só para a dengue, que podem acelerar a assistência.

7. E como uma pessoa leiga pode identificar a dengue?

Febre alta e intensa logo nos primeiros dias, a dor atrás do olho, mialgias muito intensas, dores articulares e musculares muito intensas.

8. A chikungunya vai chegar a São Paulo?

É uma possibilidade, não dá para falar que sim ou não. Hoje nós temos 13 casos não do município de São Paulo, são casos importados. Para esses 13 casos nós fizemos imediatamente a cobertura de foco, onde as pessoas moravam aqui no município, tentando evitar que, pensando em possibilidades de que os mosquitos daquela área terem sido contaminados com o vírus da chikungunya e não houve transmissão no município ainda de casos secundários desses treze importados, mas é uma possibilidade.

9. Esses 13 casos são só deste ano ou do ano passado?

São três deste ano e dez do ano passado.

10. Esse aumento de casos deste ano tem a ver com a incidência dos tipos diferentes do vírus da dengue?

Não. O vírus da dengue tem quatro tipos: 1, 2, 3 e 4. As ocorrências de São Paulo foram do tipo 1.

11. Quais são os cuidados que a pessoa que está com suspeita deve tomar até ir ao médico? Quais remédios não deve tomar, beber água?

São cuidados gerais. O importante é a hidratação. Você sabe que em qualquer caso de infecção, a hidratação é decisiva. Neste caso em particular é mais, porque o vírus da dengue tem uma potencialidade de alterar a permeabilidade vascular e, portanto, ir causando certos danos, inclusive de retenção urinária, diminuição da urina etc. Então, a hidratação é algo decisivo no enfrentamento e no cuidado da dengue. Tanto é que nos cuidados emergenciais, as tendas que a gente monta, são tendas voltadas para a hidratação. É isso que ela vai fazer fundamentalmente, além dos sintomáticos, com analgésicos etc., que têm que ser tomados por causa da dor e da febre.

Fonte: Prefeitura.SP/SP: 05/02/2015

Fonte:
Acesso Restrito
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